Coqueluche: vacinação abaixo da meta de cobertura preocupa autoridades de saúde no Sul de MG

04.09.2024

Estado afirma que morte pode ser resultado da falta de prevenção.

A vacina contra a coqueluche está disponível para o público-alvo no Sul de Minas. No entanto, mesmo com doses à disposição, as cidades mais populosas da região estão com a cobertura vacinal abaixo da meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde.

O aumento de casos da doença, que é infecciosa e altamente transmissível, mas que pode ser controlada com vacinação, chama atenção no Brasil desde o primeiro semestre do ano.

Na última sexta-feira, a Secretaria de Saúde de Poços de Caldas confirmou que um bebê de menos de dois meses de vida morreu em decorrência da coqueluche no dia 19 de julho. Esse foi o primeiro óbito pela doença registrado em Minas Gerais desde 2019.

Neste ano Poços já teve três casos confirmados da doença. O número de casos disparou no estado. No ano passado foram 14 registros em Minas Gerais. Este ano já são 131 casos confirmados.

O estado descarta que haja surto e afirma que a morte em Poços de Caldas pode ser resultado da falta de prevenção.

A coqueluche é uma doença infecciosa que afeta as vias respiratórias, causa crises de tosse seca e falta de ar. A doença atinge principalmente bebês e crianças.

É altamente transmissível, já que o contaminado pode infectar outras pessoas através de gotículas da tosse, espirros ou mesmo ao falar. Segundo o Ministério da Saúde, em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes, mas isso é pouco frequente.

Os sintomas podem se manifestar em três níveis. A maioria das pessoas consegue se recuperar da doença sem maiores complicações ou sequelas. Contudo, nas formas mais graves, podem ocorrer quadros mais severos.

A melhor forma de prevenção é a vacinação, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças até 6 anos, gestantes e profissionais da saúde que atuam em maternidades e em unidades de internação neonatal, atendendo recém-nascidos e crianças menores de um ano de idade. 

O pediatra Flávio Zenun destaca que os bebês recebem a primeira dose da vacina contra a coqueluche com dois meses de vida e que a vacina das gestantes é fundamental. O profissional reforça também que em bebês a doença tem maior gravidade.

Ainda conforme o pediatra, todos os reforços são importantes porque apesar de duradoura, a imunidade que ela confere não é permanente, por isso é importante manter a vacinação em dia. 


Foto: Ilustrativa/ Arquivo

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Fonte - Reprodução g1 Sul de Minas

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