Moradores de Poços de Caldas (MG) que tiveram eletrodomésticos ou equipamentos eletrônicos danificados com a queda de energia que aconteceu na noite de sexta-feira (25) têm até 90 dias para pedir o ressarcimento.

O apagão durou cerca de uma hora e afetou toda a cidade, atingindo 88.820 clientes, segundo a DME Distribuição (DMED), empresa que opera o fornecimento de energia no município.

O ressarcimento é regulamentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Em Postos de Caldas, a solicitação deve ser feita pessoalmente à DME na Rua Amazonas, nº 65, pelo telefone 0800 035 0196 ou pela ou da agência virtual da empresa. De acordo com a empresa, a documentação solicitada depende de cada caso.

De acordo com o gerente de distribuição da DME, Richard Martins Bueno, a causa do apagão ocorreu fora do sistema do DME e ainda não foi definida.

A energia foi afetada às 22h15 e o serviço começou a ser retomado às 23h e foi totalmente normalizado às 00h16.

"O que nós conseguimos apurar até o momento que foi que houve uma perturbação no sistema elétrico externo ao sistema do DME. Nós já identificamos aqui pelas pelos equipamentos que nós temos que houve um afundamento de tensão. O sistema é trifásico, duas tensões foram quase a zero e depois voltaram. O que o sistema elétrico faz num caso desse? Ele desliga toda a rede para a garantia mesmo, para segurança tanto do sistema quanto dos consumidores", afirmou.

Segundo o gerente, o DME aguarda um relatório do Operador Nacional do Sistema (ONS) com explicações do que causou o desligamento do sistema elétrico.

"O que que nós conseguimos apurar até o momento é que a proteção atuou muito corretamente, muito rápida. Então isso ajuda para que o consumidor não tenha prejuízos de queima de equipamentos e o próprio sistema elétrico também não seja afetado e haja queima de equipamentos que poderia dificultar o retorno do fornecimento de energia elétrica. Então, lá no no sistema não houve nenhuma interrupção, não houve nenhum prejuízo , queima, nada que pudesse dificultar o retorno, tanto que em torno de 45 minutos a 1 hora nós já tínhamos restabelecido praticamente toda a cidade", afirmou.

Segundo o gerente de distribuição da DME, situações como a registrada não são comuns. Apesar das dificuldades, o restabelecimento foi considerado relativamente rápido.

"Nos últimos 20 anos, se aconteceu duas ou três vezes, foi o máximo. Então não é muito comum mesmo de acontecer. Nós tivemos uma dificuldade que foi a comunicação. Junto com a falta de energia, faltou internet e telefonia", disse Bueno.

Em nota, a Eletrobras informou que uma perturbação externa à sua subestação provocou o desligamento automático de uma linha de transmissão que não pertence à empresa. Disse também que não foi verificada qualquer anormalidade nos equipamentos. "A Eletrobras segue acompanhando a apuração do caso junto aos órgãos competentes e reforça o seu compromisso com a transparência e a confiabilidade no fornecimento de energia elétrica", completou.

O g1 entrou em contato com Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) no sábado para ter mais detalhes sobre o caso, mas não obteve retorno até esta segunda-feira (28).