Baixa no Lago de Furnas afeta pesca, piscicultura, turismo e acende alerta em cidades da região
09.12.2025
Reservatório opera com apenas 29% do volume útil.A queda expressiva do nível do Lago de Furnas nos últimos meses tem provocado preocupação entre pescadores, piscicultores e trabalhadores ligados ao turismo no Sul de Minas. Desde setembro, o reservatório opera abaixo da cota mínima ideal, que é 762 metros acima do nível do mar, e já acumula impactos diretos sobre a subsistência das comunidades que dependem da represa.
Em Alfenas (MG), uma das cidades mais afetadas, áreas que deveriam estar submersas se transformaram em extensões de terra firme, com vegetação aparecendo no lugar da água.
Em alguns pontos, é possível caminhar por trechos onde antes só se navegava. Segundo medições recentes, o lago está com apenas 29% do volume útil, índice considerado crítico pela Agência Nacional de Águas (ANA).
O monitoramento mostra que, no dia 8 de agosto, o nível ainda estava na cota 762. Mas, mês a mês, a redução se acentuou: 761 em setembro, 759 em outubro e, no registro mais recente, 757 metros, exatamente o limite mínimo para garantir funções essenciais da represa, como geração de energia, atividades turísticas e manutenção da vida aquática.
A situação tem dificultado a navegação e reduzido áreas possíveis de pesca. Em entrevista à EPTV, afiliada à Globo, Rafael Alves de Barros, coordenador de Pesca e Piscicultura da Prefeitura de Alfenas, explicou que o cenário afeta diretamente quem vive da água.
O município monitora ao menos 15 piscicultores, além de dezenas de pescadores profissionais e trabalhadores do turismo.
A principal preocupação relatada por pescadores e produtores, segundo Rafael, é a redução da oxigenação, problema agravado pela pouca profundidade e pela movimentação limitada da água.
"É muito preocupante. A baixa oxigenação da água impacta os peixes em tanques e a pesca profissional. A elevação do nível seria muito melhor para todos", afirmou o coordenador.
A expectativa é que o retorno das chuvas e eventuais ajustes operacionais no sistema de Furnas possam ajudar na recuperação gradual do reservatório.
A previsão para dezembro indica chuva acima da média na região, o que traz algum alívio temporário. Moradores e trabalhadores, porém, aguardam um volume suficiente para que áreas hoje expostas voltem a ser cobertas e a rotina de pesca e produção possa ser retomada com segurança.
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