Operação Invisíveis apura suposta 'limpeza social' da população em situação de rua em Pouso Alegre

02.07.2025

Investigações apontam que pessoas eram retiradas à força do Centro da cidade.

A Polícia Civil e o Ministério Público deflagraram, na manhã desta quarta-feira (2), a operação "Invisíveis", que investiga a suposta retirada forçada de pessoas em situação de rua em Pouso Alegre (MG). Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em dez endereços da cidade.

As apurações, ainda em segredo de Justiça, apontam indícios de crimes relacionados a um processo de “limpeza social” da população em situação de rua por parte de agentes públicos do município de Pouso Alegre ao longo de 2024, pelo menos entre os meses de junho e setembro.

Conforme a Polícia Civil e o Ministério Público, são investigados agentes públicos municipais, um agente público estadual, além de particulares.

Segundo as investigações, pessoas em situação de rua eram retiradas à força do Centro da cidade com violência física, ameaças de morte e até uso de arma de fogo. As vítimas eram levadas, contra a vontade, para municípios da região.

Além das suspeitas de crimes relacionados à chamada “limpeza social”, os investigadores identificaram indícios de corrupção passiva envolvendo agentes públicos ligados à fiscalização de penas alternativas, como o serviço comunitário.

Em nota, a Polícia Civil e o Ministério Público reforçaram o compromisso com a Constituição Federal e destacaram a importância da apuração completa dos fatos.

Polícia Civil e Ministério Público fazem operação contra suposta “limpeza social” em Pouso Alegre, MG — Foto: Ministério Público de Minas Gerais

O que diz a prefeitura

Em nota enviada à EPTV, afiliada Rede Globo, a Prefeitura de Pouso Alegre informou que está acompanhando os desdobramentos da ação realizada.

"Ressaltamos que a prefeitura é a maior interessada na apuração dos fatos e está à disposição das autoridades para colaborar com o que for necessário. Reafirmamos nosso compromisso com a transparência e com o respeito ao devido processo legal, preservando o direito de defesa de todos. Seguimos confiantes de que os esclarecimentos ocorrerão com celeridade e dentro da legalidade", diz a nota.


Foto: Polícia Civil de Minas Gerais

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Fonte - g1 Sul de Minas

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