Professores de escolas estaduais de Muzambinho aderem à greve
13.02.2020
Pagamento do piso nacional é uma das reivindicações dos professores em todo o estado.As aulas nas escolas estaduais começaram nesta semana em Minas Gerais e professores anunciaram greve. Após assembleia feita na semana passada, com a presença de cerca de cinco mil pessoas, de acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUte/MG), professores das escolas estaduais decidiram paralisar por tempo indeterminado.
Em Muzambinho, de acordo com o professor Jeovani Casagrande, são 20 professores da E. E. Salatiel de Almeida e 6 professores da E. E. Césario Coimbra: “o governo de Minas não cumpre o pagamento do piso salarial nacional no estado, pedimos o pagamento do piso salarial nacional que também é lei estadual e o governador desrespeita, hoje o piso está em R$ 2.800 inicial e Minas paga R$ 1.800. Além do mais o governo enviou para a assembleia um projeto de lei que reajusta os salários dos servidores segurança em 37% em detrimento das outras categorias. Achamos justo o aumento, porém ele deve se estender a todas as categorias”, disse o professor.
A categoria reivindica propostas de pagamento do piso salarial, o cumprimento do repasse de 25% da receita corrente líquida do estado para a educação, o que não teria sido cumprido no ano passado pelo governo de Romeu Zema (Novo), além de cobrar a quitação do 13º salário de 2019.
Os educadores também pedem a interrupção de políticas que, segundo o sindicato, dificultam o acesso à educação – como sistema de pré-matrículas online, plano de atendimento, fusão de turmas, demora na publicação das remoções e resolução de designação.
Na próxima segunda-feira, dia 17 uma nova assembleia será realizada para definir os rumos da paralisação. Por enquanto as aulas seguem normalmente na escola Cesário Coimbra e na Salatiel, de acordo com a direção, de forma parcial.
Governo se pronuncia no Twitter
Em publicação no Twitter na noite desta quarta-feira (12), o governador Romeu Zema (Novo) pediu “sacrifício” dos professores da rede estadual de Minas Gerais. A categoria em greve e reivindicam o mesmo reajuste concedido pelo governo do Estado aos profissionais da segurança.
“Sobre a educação: lamento pela greve e conto com o sacrifício dos profissionais da área. Estamos num momento difícil e com certeza vamos lutar para mudar este cenário. Precisamos ter paciência, pois estou olhando por todos”, escreveu o governador.
Ele justificou o reajuste dos servidores da segurança pública, que chega a 41,7% até 2022, pelo fato de que a categoria está há seis anos sem aumento salarial. “Sobre reajuste para a segurança: outras categorias foram contempladas com aumentos nos últimos anos. A segurança, está há 6 anos sem reposição. É um reajuste gradativo. Os crimes em Minas caíram 53% e os homicídios 37%, incentivando a economia e aumentando a segurança das famílias”, publicou em sua conta no Twitter.
Por fim, o governador acrescentou que gostaria de fazer o mesmo pelas demais categorias do serviço público, mas que a crise fiscal do Estado não permite. “Hoje, a PM tem 5 mil homens a menos do que há 11 anos. Deixo claro que não somente a segurança é fundamental para o desenvolvimento do Estado. Gostaria de fazer o mesmo para todas as categorias, mas a situação financeira é alarmante. Acredito que com as reformas vamos avançar”.

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